Por Ricardo Noblat, do Blog do Noblat
No programa de Luiz Datena “Acontece São Paulo”, que acaba de entrar no ar pela Rede Bandeirantes de Televisão, pela primeira vez o governador José Serra (PSDB), de São Paulo, fala como candidato a presidente da República.
Datena tratou Serra como candidato – e Serra abandonou as ressalvas e os cuidados habituais e respondeu às perguntas como candidato.
A certa altura da entrevista, que durou 25 minutos, quando Datena citou Lula, Serra respondeu: “Lula não é candidato. Somos eu e Dilma. O eleitor fará a comparação entre nós dois”.
Serra admitiu com todas as letras que a estratégia dele de campanha repousará na comparação com Dilma. E citou todos os cargos que ocupou até hoje: deputado, senador, ministro duas vezes, prefeito de São Paulo e finalmente governador.
Datena perguna a Serra se ele é mais forte do que Dilma.
– É meio pretencioso me comparar. É coisa que a população vai decidir. A população vai escolher em função de como são os candidatos. Quem é mais capaz de garantir as coisas boas e melhorá-las, e quem é capaz de enfrentrar os problemas. Pesa o passado. O que cada um fez. E o povão vai resolver bem como sempre fez.
Serra completa hoje 68 anos de idade.
No programa de Datena no fim da tarde, a entrevista será repetida em rede nacional.
Atualização das 14h30
– Enquanto eu estiver no governo eu não vou fazer campanha. A campanha deve ser lançada no começo de abril.
– A coisa de vice é para muito mais adiante [quando perguntado se Aécio Neves ainda poderia vir a ser o vice dele]. Só vai ser resolvido no fim de maio. Por enquanto, meu meu nome aparece na frente, mas é pesquisa. Pesquisa é uma foto do momento.
– Eu tenho uma história, o pessoal vai conhecer a história, a história dela [Dilma], das outras, da Marina que é uma pessoa de muitos méritos. E vai julgar.
– A campanha eleitoral acelera depois da Copa do Mundo. Que é quando a população começa a ficar ligada. É muito cedo para começar antes. E aí você prejudica o trabalho que está fazendo.
– Não estou demorando [para lançar a campanha]. Tem seis meses depois para fazer campanha eleitoral.
– Não me assusta [a diferença de cinco pontos percentuais para Dilma, segundo a mais recente pesquisa do Ibope] por que eu estava prevendo pelo grau de exposição dela.