Blog do Pannunzio

Apenas o governador interino Wilson Lima é tido como certo nas eleições indiretas

Luísa Medeiros

Ana Maria Campos

Lilian Tahan

A eleição indireta que escolherá o governador tampão do Distrito Federal será realizada dentro de 12 dias, mas a disputa ainda está embolada e o resultado é indefinido. A um dia do prazo final para as inscrições de candidaturas, os distritais seguem articulando nos bastidores, e até agora ninguém está oficialmente inscrito. O único nome tido como certo na disputa é o do governador interino Wilson Lima (PR).

Nos últimos dias, os partidos mantiveram diversas reuniões para tratar do assunto. Alguns deputados retomaram a tese de que deveria ser eleito um político sem mandato, como forma de atender aos recados do Ministério da Justiça e da Procuradoria-Geral da República (PGR), que pressionam pela eleição de um nome de fora da Câmara Legislativa.

A escolha do novo governador ocorrerá seis dias antes da data em que o ministro Gilmar Mendes deixa a presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) e deve colocar em pauta de votação o pedido de intervenção no DF feito pelo Ministério Público Federal. Há uma expectativa de que os ministros do Supremo levem em conta a seleção feita pelos distritais antes de dizer sim ou não para a interferência federal.

O debate sobre nomes de políticos sem mandato já mobiliza diferentes partidos com representatividade na Câmara. Os parlamentares locais falam na hipótese de se unir em torno de um novo perfil. Quinze nomes já foram ventilados pelos partidos. O do ex-presidente da OAB no DF Luiz Filipe Ribeiro Coelho, filiado ao PTB, tem sido bem aceito até entre petistas. O PT ainda tenta convencer Sigmaringa Seixas a se candidatar.

Com bom trânsito no meio político, Sigmaringa, no entanto, não quer ser testado. Só irá disputar o mandato temporário se tiver garantias de eleição, o que não deve ocorrer.

A outra alternativa discutida por petistas é a candidatura do professor e ex-reitor da UnB Antonio Ibañez, que também atuou como secretário de Educação durante a gestão de Cristovam Buarque à frente do Buriti. Lideranças do PT que participam das negociações para as eleições indiretas admitem que o partido poderá se juntar ao PTB, por exemplo, em torno da candidatura de Luiz Filipe.

A composição poderia se materializar com a indicação de Ibañez no papel de vice, caso o partido entenda que deixaria de somar mais votos brigando pela cabeça de chapa. Numa reunião ontem à noite na casa do distrital Benício Tavares (PMDB), um grupo de deputados discutiu a formação do movimento em prol do candidato petebista.

Clique aqui para ler a íntegra no site do Correio

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