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Governador-tampão, que recebeu 13 votos na eleição, deve ter os quatro petistas como aliados

Ana Maria Campos

A correlação de forças vai mudar no Executivo e Legislativo locais. Os dois principais partidos da base do governo José Roberto Arruda, o PSDB e o DEM, vão perder espaço na gestão de Rogério Rosso (PMDB). Eleito com o voto de 13 deputados distritais, o novo governador já conta com maioria para aprovar projetos na Câmara Legislativa e terá a bancada do PT como aliada pela governabilidade. Com a disposição de dar a própria cara na administração e com tantos compromissos assumidos na campanha, Rosso deverá redimensionar os espaços dos distritais e partidos na estrutura do governo.

Entre os aliados de Wilson Lima, que tentou se manter no Palácio do Buriti, estavam dois distritais do DEM — Eliana Pedrosa e Paulo Roriz. Outro parlamentar do partido, Raad Massouh, se absteve da votação. O líder da negociação em favor de Lima foi o deputado Alberto Fraga, ex-secretário de Transportes, que não se conformou com a derrota e tem atacado as negociações para a eleição do novo chefe do Executivo. No começo da noite de ontem, a executiva do DEM decidiu deslocar a interlocução com Rosso para o comando regional. Pela decisão, apenas o presidente do DEM-DF, Adelmir Santana, fala pelo partido. A decisão do DEM sobre apoiar ou não o mandato-tampão ainda será tomada.

O PSDB também não terá mais a mesma força. Os tucanos Raimundo Ribeiro e Milton Barbosa trabalharam contra Rosso e devem perder espaço. Uma das principais mudanças atingirá o presidente licenciado do PSDB-DF, Márcio Machado, ex-secretário de Obras que manteve na pasta um aliado, Jaime Alarcão. Artífice da candidatura de Rosso, o presidente do PMDB-DF, o deputado federal Tadeu Filippelli, vai indicar o novo secretário — provavelmente Davi Matos, seu braço direito no governo Roriz. Na Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), Rosso deve manter o atual presidente, José Alves de Melo Júnior, conhecido como Jota, já indicado por Filippelli.

Benício Tavares (PMDB) e Alírio Neto (PPS), considerados os dois principais negociadores da vitória de Rosso, também terão um amplo espaço na atual gestão. Benício deverá indicar o administrador de Ceilândia, um dos maiores colégios eleitorais do DF, que terá tratamento vip no governo de Rosso. Alírio será consultado na escolha do novo diretor-geral da Polícia Civil do DF e na Secretaria de Justiça e Cidadania. Ele é cotado para a próxima nomeação do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF). Mas a próxima vaga, que será aberta nesta quinta-feira com a aposentadoria compulsória por idade do conselheiro Jorge Caetano, pertence à Câmara Legislativa.

Clique aqui para ler a íntegra no site do Correio

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