Roberto Maltchik
O secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, anunciou nesta terça-feira que vai tirar férias por 15 dias. Segundo ele, o pedido foi feito para preparar a defesa que será remetida à Comissão de Ética da Presidência da República que abriu um procedimento preliminar de apuração para avaliar a conduta do secretário. Ele é acusado de suposta ligação com o chinês Li Kwok Kwen, conhecido como Paulo Li , preso por contrabando pela Polícia Federal.
– Eu preciso deste tempo para preparar a minha defesa. Falaram em licença, mas eu jamais pensei nisso. O que eu vou fazer é tirar férias – afirmou Tuma.
Mais cedo, Tuma Júnior havia negado que iria se licenciar do cargo por 30 dias. No fim da tarde, o secretário foi chamado para uma reunião de emergência com o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto.
– Eu não vou me licenciar. Eu ainda estou pensando no que vou fazer, mas licença não – afirmou o secretário.
Tuma Júnior ficou irritado ao receber a informação de que a assessoria do Ministério da Justiça teria confirmado o licenciamento dele do cargo por 30 dias. Ao GLOBO, a assessoria de imprensa do ministério não confirmou que o secretário tenha feito a solicitação.
Na madrugada de terça-feira, Tuma Júnior negou que tenha conversado com Luiz Paulo Barreto sobre seu possível afastamento temporário . O secretário se reuniu por mais de três horas com o ministro , seu chefe imediato, e mais de uma hora e meia com assessores.
Ao deixar o gabinete, por volta de 1h45m, Tuma foi questionado se era normal estar no local até aquele horário, e respondeu:
– Logico que é. Estou trabalhando. O crime organizado não tem hora. Eles não descansam, a gente também não pode descansar.
Insistindo, a repórter perguntou como foi a conversa com Barreto, e o secretário voltou a desconversar.
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