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Deputados não comparecem a sessões e CPI fica sem investigar mensalão do DEM

Filipe Coutinho

Criada há cinco meses e ainda sem ouvir os principais envolvidos, os deputados da CPI da Corrupção do Distrito Federal adotaram a tática de não comparecer às sessões para esvaziar as investigações contra os ex-governadores José Roberto Arruda (sem partido) e Joaquim Roriz (PSC), citados no inquérito que investiga o mensalão do DEM.

Aliados de Arruda e Roriz, há duas semanas os deputados não se reúnem por falta de quorum, apesar de toda quarta-feira ter uma reunião ordinária. Hoje, mais uma vez, ninguém apareceu na CPI para trabalhar, com exceção do relator Paulo Tadeu (PT).

“Isso é uma manobra, é tudo que vocês quiserem falar e mais alguma coisa. Ninguém justifica ausência”, afirmou o relator da CPI.

Nesta quarta-feira, os deputados deveriam escolher o novo presidente da CPI e encaminhar as perguntas para que as 41 pessoas envolvidas no mensalão do DEM prestassem depoimento, entre elas Arruda e Roriz. Mas, sem a eleição de um presidente, as perguntas só serão encaminhadas com a assinatura de pelo menos três deputados.

Pelo acordo feito pelos deputados, os envolvidos terão dez dias para responder ao questionário da CPI. “Tentaremos colher assinatura logo, mas será preciso boa vontade da CPI. Nós trabalhamos com prazo e temos que cumpri-lo”, disse Paulo Tadeu.

A Folha procurou os quatro deputados que faltaram à sessão desta quarta. Os deputados Batista das Cooperativas (PRP), cotado para ser o presidente da CPI, Aguinaldo de Jesus (PRB) e Cristiano Araújo (PTB) não foram localizados.

Apenas o deputado Raimundo Ribeiro (PSDB) justificou a ausência. Segundo a assessoria, o deputado estava numa palestra e a sessão da CPI foi cancelada enquanto ele estava a caminho da Câmara Legislativa do DF.

Durante a crise da Caixa de Pandora, a Câmara Legislativa do DF se posicionou contra o pedido de intervenção federal sob o argumento de que o Legislativo exercia a função de fiscalizar e investigar o governo.

Para o relator da CPI, o esvaziamento da comissão nas últimas semanas comprova a tese da Procuradoria Geral da República, que afirma que a maioria da Câmara do DF está envolvida no mensalão do DEM e não tem condições de investigar.

Clique aqui para ler a íntegra no site da Folha

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