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O incrível exército de Bracaleone

Boa parte do comando da Polícia Militar de Brasília deverá ser denunciada, nos próximos dias, à justiça militar. A denúncia, que será apresentada pelo procurador Mauro Faria de Lima à auditoria militar do DF, dá conta de um escândalo envolvendo o comandante-geral, Cel. Antônio José de Oliveira Cerqueira, quatro outros coronéis, um capitão e um sargento. Eles são acusado de desviar R$ 899.878,08 dos cofres da corporação para uma concessionária de veículos de Brasília.

Segundo o procurador, a concessionária recebeu esse valor para fazer a revisão preventiva e consertar 56 viaturas L-200 da Polícia Militar. Cada um dos carros deveria passar por 12 revisões, de acordo com os termos do edital por meio do qual a empresa foi contratada. Mas os serviços teriam sido prestados em apenas três meses e nenhum dos veículos teria passado por mais do que três revisões.

O responsável pelo inquérito, que recebeu o número 08190, sustenta que houve conluio entre os comandantes e o dono da concessionária. A reunião em que os termos do “negócio” foram dedicidos teria acontecido no próprio quartel que abriga o comando da PM.

É assim que o assunto vai aparecer nos jornais dos próximos dias, que ainda não tiveram acesso à denúncia. Mas o fato é muito mais complexo do que parece.

A concessionária assegura que os serviços foram prestados antes da realizaçao da concorrência pública. Com a frota caindo aos pedaços, os coronéis teriam mandado consertar os carros pelo menos quatro meses antes do lançamento do edital.

Quando tentou recebeu uma fatura de R$ 123 mil, o dono da empresa foi informado de que não haveria como pagá-lo porque seria necessário realizar a licitação, na qual ele deveria se inscrever se quisesse receber.

O empresário, que é o único representante da marca no distrito Federal, disse que desconhecia o fato de não haver licitação. Assegura que tem pelo menos 392 ordens de serviço autorizadas pela PM e que todos os consertos realizados podem ser devidamente comprovados por uma perícia.

O rolo todo teria sido feito pelos oficiais da PM, que não podem apresentar comprovantes de despesas realizadas antes do processo licitatório.

Aguardem nos jornais dos próximos dias.

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