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Conselho veta suposta ação de Bandarra contra colega

Leandro Colon

O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) suspendeu na noite desta terça-feira, 25, uma portaria do Procurador-Geral de Justiça do Distrito Federal, Leonardo Bandarra, que determinava exame para averiguar sanidade mental da promotora Deborah Guerner, suspeita de ligação com o “mensalão do DEM”. Porém, o próprio Bandarra é suspeito de ser “parceiro” de Deborah nas irregularidades. O pedido dele foi considerado por alguns conselheiros como uma manobra para aposentar a colega por invalidez e, assim, abafar as investigações que poderiam atingi-lo.

Há 15 dias o CNMP abriu uma investigação contra Bandarra e Deborah Guerner. O chefe do MP poderá ser afastado do cargo em reunião marcada para o dia 7 de junho. A situação dele agravou-se depois do episódio do pedido de exame médico na colega, assinado por ele no dia 18. Em decisão liminar, o conselheiro Maurício Albuquerque sustenta que o ato do procurador-geral de Justiça, “em tese, interfere direta ou indiretamente na instrução de três procedimentos que tramitam neste CNMP, podendo trazer reflexos nas provas que estão sendo produzidas”.

O nome de Bandarra apareceu no episódio do “mensalão do DEM” em depoimento de Durval Barbosa, ex-secretário de Relações Institucionais do DF e delator do esquema de corrupção em Brasília. Segundo Durval, Deborah Guerner negociou propina em nome de Bandarra para o Ministério Público não incomodar a gestão do ex-governador José Roberto Arruda. Bandarra nega as acusações e atribuiu a suspeita a suposta vingança de Barbosa por denúncias feitas contra ele pelo MP do DF.

Mas novos depoimentos, quebra de sigilo telefônico e perícia técnica agravaram a situação de Bandarra. Esse material consta na conclusão da sindicância da corregedora do MP do DF, Lenir de Azevedo. Segundo ela, há um “estreito e promíscuo relacionamento” entre Bandarra e a promotora Deborah Guerner. O relatório aponta indícios de uma “parceria” entre os dois.

A quebra do sigilo no telefone da promotora mostrou, de acordo com a investigação, “intensa comunicação telefônica” entre ela e Bandarra numa madrugada posterior a um encontro entre a promotora e Durval Barbosa para tratar de um mandado de busca e apreensão na casa do delator do esquema.

Clique aqui para ler a íntegra no site do Estadão

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