Luiza Damé
Na abertura da Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, nesta quarta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi debochado ao falar das intituições de controle e fiscalização do país. O presidente disse que, em um ano eleitoral, poderia ser processado porque ganhou uma luneta do ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende. Disse ainda que o presente poderia provocar uma CPI no Congresso e paralisar o país.
– Ele me deu uma luneta que não funciona, porque estamos em ano eleitoral e alguém vai dizer: “o ministro deu uma luneta para o Lula. Uma luneta que foi comprada para dar para as crianças”. Pronto já está o Lula processado, já está o Ministério Público atrás da minha luneta e o Tribunal de Contas procurando qual o crime que cometi e já está a oposição propondo a CPI da luneta e aí tudo fica paralisado neste país – afirmou Lula.
Bastante aplaudido pelos cientistas, que pediram o seu apoio para atingir metas no setor em 2020, Lula lançou críticas ao ar. Reclamou dos ministros que emperram projetos de outras pastas, dos que não gastam os recursos disponíveis, dos empresários que não investem em inovação e dos trabalhadores que fazem greve, mas não aceitam ter os dias descontados. Num período em que vários setores do serviço público estão em greve, o ex-sindicalista voltou a defender o corte de ponto dos que não comparecem ao trabalho. Para Lula, greve longa sem desconto dos dias parados é férias.
Lula também atacou os críticos do Plano Nacional de Direitos Humanos, lançado em dezembro do ano passado, que provocou reação de diversos setores da sociedade. Os militares não gostaram da forma como foi abordada a tortura na época da ditadura militar; a Igreja condenou o tratamento dado ao aborto e o agronegócio condenou a fórmula das desapropriações de terras. Lula disse que em meio às críticas ao ministro de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, comparou os planos de 1996, 2002 e 2009, concluindo que os dois primeiros eram mais à esquerda.
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