Lulismo comanda a disputa no Amazonas
Com o maior PIB industrial do Brasil, em termos proporcionais, em função da Zona Franca de Manaus, o Amazonas é o Estado menos federalizado do país. Sem empresariado a oferecer contraponto – as indústrias são comandadas de São Paulo e até do Japão – o apoio do governo central é decisivo. É daí que o Amazonas tem uma das mais renhidas disputas pelo palanque do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de sua candidata, Dilma Rousseff (PT). Tanto o atual governador Omar Aziz (PMN) quanto o senador e ex-ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento (PR), esperam contar com Lula e Dilma em suas campanhas. Ligeiramente à frente nas pesquisas, Nascimento tenta um feito raro no Estado: manter invicta a máquina estadual, que não perde disputas eleitorais desde 1982.
O Amazonas é uma das maiores dores de cabeça do candidato José Serra (PSDB). Sua promessa de perenizar os incentivos à ZFM não foi suficiente para viabilizar um palanque local. Seu principal aliado no Estado, o senador Arthur Virgílio (PSDB), que tem votos na base de ambos os candidatos governistas na sua tentativa de reeleição, não é um beneficiário de um palanque próprio. As pesquisas indicam um empate local entre Serra e Marina Silva (AC), com metade das intenções de voto de Dilma. (Págs. 1 e A10)
Foto legenda: Por mar ou por terra
Para atingir a meta de dobrar em cinco anos o faturamento, hoje de R$ 200 milhões, a Localfrio decidiu ir às compras de concorrentes do setor de logística, diz Marcelo Orpinelli, seu presidente. Além de outros operadores terrestres, a empresa tem interesse em terminais marítimos. (Págs. 1 e B7)
Bancos ganham tempo em nova regulação
As autoridades internacionais de regulamentação estão perto de fechar um acordo que obrigaria os bancos a captar vastos montantes de novos recursos para se proteger de futuras perdas. Mas, em uma concessão ao setor bancário e a alguns governos, as regras provavelmente só devem passar a vigorar depois do prazo esperado.
Está emergindo um consenso de que é preciso haver uma implementação mais gradual, que pode demorar vários anos além de 2012. Os bancos e alguns governos, especialmente os do Japão, Alemanha e França, argumentam que o prazo atual pode causar uma escassez multibilionária de recursos. (Págs. 1 e C3)
Falta de gás volta a afligir a Argentina
Os cortes no abastecimento de gás natural voltaram a castigar a indústria argentina, após dois anos de trégua. A produção industrial cresceu 10,6% no primeiro quadrimestre e a falta de gás poderá frear a recuperação econômica. Cerca de 80 empresas – entre elas fabricantes de polietileno, PVC, aço e fertilizantes – tiveram o fornecimento de combustível reduzido em até 40% desde 27 de maio, para que o consumo residencial, que disparou com a chegada do frio, fosse atendido. A maior cimenteira do país, a Loma Negra, controlada pela Camargo Corrêa, converteu seus fornos em bicombustíveis e evitou queda na produção.
Diferentemente do que ocorreu em 2007 e em 2008, quando faltava capacidade aos gasodutos, o desabastecimento desta vez é atribuído à redução da oferta. A produção doméstica ruma para o quinto ano consecutivo de queda. Nos três primeiros meses de 2010, diminuiu mais 4,1%. (Págs. 1 e A7)
A velha governança mundial agoniza
O Brasil e a Turquia, ao negociarem sozinhos no Irã um acordo sobre a questão nuclear, irromperam no clube dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas, espécie de diretório político do planeta, e escancararam as insuficiências da velha governança mundial, nascida após a Segunda Guerra Mundial.
O Brasil é um ator incontornável nas negociações comerciais e de combate à mudança climática, por exemplo. O país não é tem peso suficiente para fechar um acordo, mas sem ele tampouco há decisão. Na parte política, sua influência é mais limitada. É o único dos Bric que não tem poder nuclear. (Págs. 1 e Eu& Fim de Semana)
Petrobras define os bancos que vão coordenar emissão de ações de US$ 25 bi (Págs. 1 e D9)
Ações de construção, teles e alimentos sobem durante a crise (Págs. 1 e D1)
Banif vende corretora e investe mais no país, diz Fernandes (Págs. 1 e C8)
Cooperação espacial
Brasil e Argentina retomam o projeto de desenvolvimento conjunto de um satélite para monitoramento dos oceanos e das áreas costeiras dos dois países. O custo estimado é de US$ 200 milhões. (Págs. 1 e B1)
Diebold na berlinda
Três executivos da americana Diebold que no Brasil é líder no mercado de caixas automáticos (ATM) e produz urnas eletrônicas- são acusados por fraudes contábeis entre 2002 e 2007. (Págs. 1 e B2)
Vossa mira o mercado paulista
A agência gaúcha de propaganda Vossa, do empresário Carlos Gerdau Johannpeter, herdeiro do Grupo Gerdau, negocia aquisições ou parcerias com empresas de São Paulo. (Págs. 1 e B4)
Allianz foca energias renováveis
A Allianz Climate Solutions, controlada pela seguradora alemã Allianz, pretende entrar no mercado brasileiro de energias renováveis. Os alvos são biomassa e pequenas centrais hidrelétricas, diz o presidente da empresa, Armin Sandhövel. (Págs. 1 e B6)
Alimentos mais caros
A recuperação da economia mundial em relação a 2009 deverá elevar os custos das importações globais de alimentos neste ano. Segundo a FAO, as maiores altas serão dos lácteos, carnes, óleos vegetais e açúcar. (Págs. 1 e B10)
Retomada da suinocultura
Após um ano difícil em 2009, produtores de suínos ajustam oferta com menor recomposição do plantel de matrizes e mantêm o otimismo para 2010. Redução dos custos de produção também colabora. (Págs. 1 e B10)
Caixa avalia a Cetelem
A Caixa Econômica Federal analisa os números da Cetelem, financeira do grupo francês BNP Paribas. O negócio seria estratégico para a CEF ampliar sua participação no crédito ao consumo. (Págs. 1 e C3)
Aposta no curto prazo
O cenário externo continua complicado, mas analistas acreditam que, no curto prazo, existem boas oportunidades na bolsa, até pela queda acentuada de várias ações com boa liquidez em maio. (Págs. 1 e D2)
Formulário de Referência
As empresas abertas têm até o dia 30 para entregar o Formulário de Referência, novo documento de informações anuais, obrigatório a partir deste ano. (Págs. 1 e D4)
Recuperação de impostos
Empresas iniciam corrida ao Judiciário com ações de repetição de indébito para tentar recuperar impostos pagos indevidamente nos últimos dez anos. O prazo termina na próxima terça-feira. (Págs. 1 e E1)
Ideias: Claudia Safatle
Não há razão suficiente, por enquanto, para que o Copom reduza para menos de 0,75 ponto o aumento da Selic. (Págs. 1 e A2)
Ideias: Armando Castelar
Crise provocará ruptura estrutural: quando ela passar e as coisas voltarem ao normal, já não será o mesmo normal de antes. (Págs. 1 e A9)