Marcelo Portela
O PT ingressou nesta segunda-feira com uma interpelação judicial, no Fórum criminal da Barra Funda, em São Paulo, para que o pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, confirme declaração dada na semana passada em que acusou a petista Dilma Rousseff de ser responsável pela confecção do suposto dossiê contra ele. Em Minas, Serra classificou a interpelação como um “factoide”.
– Já disse que isso é factoide. O que precisa acabar é a baixaria, é contratar arapongas, é espionar, é denegrir famílias. A gente precisa acabar no Brasil que a cada eleição, como em 2006, a gente fica encontrando essas coisas que não fazem nenhum bem ao processo democrático – afirmou Serra ao desembarcar em Montes Claros, no Norte de Minas.
Os advogados do partido, Pierpaolo Bottini e Igor Tamasauskas, que assinam o documento, pedem que o ex-governador fundamente as declarações concedidas à imprensa, atribuindo a Dilma a responsabilidade pelo suposto documento.
– Precisamos confirmar se ele mantém o que disse e identificar nessas declarações indícios de situação de crime, algum ilícito civil indenizável, uma situação de ofensa – afirmou Tamasauskas à Reuters.
Em reportagem publicada pela revista “Veja” neste fim de semana, o delegado aposentado da Polícia Federal (PF) Onésimo Sousa disse que integrantes da campanha de Dilma propuseram a montagem de um esquema de espionagem contra José Serra.
O jornalista Luiz Lanzetta, responsável pela contratação de integrantes da equipe de comunicação da campanha do PT e citado pelo ex-delegado como participante da encontro, deixou a campanha de Dilma no sábado após a publicação.
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