Lilian Tahan
Agora é oficial. O PSDB de Maria de Lourdes Abadia e do presidenciável José Serra está com o ex-governador Joaquim Roriz (PSC) na corrida ao Palácio do Buriti. Na tarde de ontem, oito legendas, além do PP, que iniciou as negociações de aliança, confirmaram apoio à candidatura de Roriz ao governo do Distrito Federal. O político ainda tentará dar continuidade às conversas com o DEM, que ensaia uma chapa solo. O lançamento do deputado federal Alberto Fraga para disputar o GDF seria feito ontem, mas acabou adiado.
Com o acerto de ontem, já é possível desenhar a chapa que será liderada por Roriz. O vice é Jofran Frelat, do PR. Uma das vagas ao Senado será de Abadia. A outra está sendo negociada para abrigar Robson Rodovalho, do PP. Até ontem, o partido estava reticente em entrar para a coligação de Roriz, porque a aproximação com o DEM tomaria a vaga majoritária também pleiteada pelo PP de Benedito Domingos. A possibilidade de deserção dos democratas foi a deixa para o início das tratativas com o Partido Progressista.
Evangélicos
Depois de Abadia, que é tida como a ponte entre Roriz e o PSDB nacional, o deputado federal Robson Rodovalho é considerada importante aquisição. Como líder da Igreja Sara Nossa Terra no Brasil, ele arrebanha a simpatia dos evangélicos. O único problema do parlamentar é que o seu posto na Câmara dos Deputados está sendo reclamado pelo DEM na Justiça. Hoje deve entrar em pauta no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) processo que pode tirar o mandato de Rodovalho, por infidelidade partidária. No ano passado ele deixou o Democratas e ingressou no PP, depois de tentar, sem êxito, criar uma legenda evangélica. “Estou tranquilo e confiante em Deus de que vou permancer no cargo”, confia Rodovalho. Na noite de ontem, ele foi à casa de Roriz: “Tenho todo o interesse nessa coligação. Só precisamos acertar com o partido”.
Durante o encontro com os partidos aliados, Roriz remexeu no passado e deu explicações sobre o porquê da renúncia em julho de 2007, quando deixou o Senado Federal para escapar de um possível processo de cassação. Depois, disse que recebeu de sua equipe jurídica sinalização de que as consequências de sua atitude no passado não deverão tirá-lo da disputa. A alegação da defesa é de que não há contra Roriz nenhuma condenação colegiada, transitada em julgado. O ex-governador chegou a dizer que, se o grupo de colaboradores achar melhor, ele desistiria da candidatura em nome da aliança. O vice de Roriz na chapa fez uma intervenção neste momento: “Isso não vai acontecer. Se não formos de Roriz, iremos de Joaquim”.
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