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Senado mantém 214 cargos de diretoria após prometer enxugamento, diz site

O Globo

Mais de um ano depois de admitir ter mais de 180 diretores, o Senado mantém atualmente 214 servidores que ocupam cargos de direção, e ainda resiste a enxugar o quadro. Segundo informações do site Congresso em Foco, dos 50 diretores cuja exoneração foi anunciada em março de 2009, apenas 17 perderam as funções de comando. Quinze meses depois, 33 deles continuam em posição de chefia, sem redução no salário. Desses, 26 seguem exatamente nos mesmos postos, e sete trocaram apenas de diretoria. Apenas uma servidora, a única comissionada da lista, não consta mais do quadro de servidores da Casa.

Somente quatro dos órgãos que seriam atingidos foram de fato extintos: as subsecretarias de Planejamento e Execução de Convênios e de Apoio Técnico; e as coordenações de Análise de Notícias e de Pesquisas e Apoio Técnico. Também foi extinta a função de diretor adjunto do Instituto Legislativo Brasileiro (ILB).

Coordenadores de “check-in” (Coordenação de Apoio Aeroportuário) e “garagem” (Coordenação de Administração de Residências) estão entre os 19 que, na hierarquia do Senado, exercem funções equivalentes às dos 126 servidores que respondem por diretorias, como diretor geral ou adjunto, de secretaria ou subsecretaria. Na mesma situação, estão outros 69 servidores, como consultores gerais, coordenadores adjuntos, assessores jurídicos, secretários de comissão, chefe de cerimonial, entre outros, também equiparados a diretor por suas respectivas remunerações.

O anúncio das exonerações e das extinções das funções foi feito pelo primeiro-secretário, senador Heráclito Fortes (DEM-PI), em março do ano passado. Segundo ele, os cortes eram “o primeiro elenco de medidas” para enxugar a megaestrutura do Senado. Na época, foi anunciado que os cortes atingiriam diretorias de “menor conteúdo de competência” e resultariam numa economia mensal de R$ 400 mil aos cofres públicos. Se todos esses cargos tivessem sido eliminados, conforme foi anunciado, a Casa teria economizado cerca de R$ 6 milhões desde então, apenas no período compreendido em pouco mais de um ano.

Por meio da Secretaria de Comunicação Social do Senado, a Secretaria de Recursos Humanos admitiu que os 50 cargos não foram extintos e que as mudanças serão feitas por meio do Projeto de Resolução 96/2009, relatado por Tasso Jereissati (PSDB-CE).

Clique aqui para ler a íntegra no site do Globo

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