O líder do PSDB, senador Arthur Virgílio, vai protocolar no Tribunal de Contas da União e no Ministério Público Federal nova denúncia contra o presidente da Casa, José Sarney.
O pedido deve ser entregue até o meio-dia desta sexta-feira e se refere às novas denúncias envolvendo Sarney e seu “automuseu” das Mercês, no Maranhão.
De acordo com matéria divulgada pelo jornal O Estado de S.Paulo, a Fundação Sarney teria desviado recursos da Petrobras para empresas fantasmas ligadas ao presidente. Pelo menos R$ 500 mil teriam sido repassados.
Virgílio também defende que os novos fatos envolvendo Sarney devem ser investigados pelo Conselho de Ética. Ele e o colega Alvaro Dias (PSDB-PR), exigem inclusive uma apuração das irregularidades pela CPI da Petrobras, prevista para ser instalada na tarde da próxima terça-feira. “Essas denúncias fazem o presidente vulgarizar a estada no cargo”, afirma Arthur Virgílio ao dizer que já desistiu “de pedir o afastamento de José Sarney porque ele simplesmente diz que não sai”.
As justificativas de Sarney têm sido grandes desde o começo dos escândalos que o envolvem e fazem o Senado afundar na pior crise da história política do país. Como presidente e alvo das denúncias, ele se defende. Presidindo a sessão plenária desta quinta-feira, afirmou que não tem responsabilidades jurídicas na contabilidade do Museu das Mercês. Mais uma vez, como nos outros inúmeros casos veiculados, simplesmente não sabia de nada.
Mas denúncias à parte, Sarney garante que instala a CPI da Petrobras impreterivelmente às três da tarde de terça, independentemente da quantidade de presentes.
Também neste dia vai ser votada a Lei de Diretrizes Orçamentárias, pré-requisito básico para que parlamentares possam entrar em recesso a partir do dia 17.