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Delator de mensalão do DEM faz acareação com Arruda em Brasília

Edilson Edson, o Sombra, o homem que meteu Arruda na cadeia

Robson Bonin,  do G1

O ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda (sem partido) participou de uma acareação na manhã desta quinta-feira (4) com o delator do escândalo que ficou conhecido como “mensalão do DEM de Brasília”, Durval Barbosa, e com o jornalista Edmilson Edson dos Santos, o Sombra, alvo de tentativa de suborno pela qual o ex-governador foi acusado e que acabou resultando em sua prisão, em fevereiro.

Por cerca de 10 minutos, Sombra e Arruda permaneceram frente a frente. “Ele tentou me intimidar. Ficou me encarando. E eu encarei ele”, afirmou Sombra ao G1. O jornalista disse que teve de sair da sala por orientação dos promotores, porque “o clima ficou tenso”. “Fiquei no prédio entre uns 20 e 30 minutos. Cara a cara com ele foram uns 10 minutos”, disse.

A reportagem entrou em contato com o advogado do ex-governador José Roberto Arruda, que não havia dado resposta até a última atualização desta reportagem.

A acareação faz parte do processo disciplinar instaurado pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) para apurar o envolvimento dos promotores Leonardo Bandarra e Deborah Guerner no suposto esquema de propina no governo distrital.

Na acareação, Sombra disse que manteve a versão dada em depoimento prestado anteriormente no qual afirma que ouviu do próprio Arruda que havia um pagamento de propina a Bandarra para que o Ministério Público do DF não investigasse supostas irregularidades em contratos do governo do Distrito Federal.

Bandarra foi procurador-geral de Justiça do Distrito Federal até junho deste ano. A promotora Deborah Guerner era sua auxiliar. Segundo dados da investigação da Polícia Federal, teria sido Deborah a responsável por estabelecer as negociações de cobrança de propina com Durval Barbosa, ex-secretário de Relações Institucionais do governo de Arruda.

O G1 tentou contato com o advogado de Deborah, Pedro Paulo Guerra de Medeiros, mas, ao atender ao telefone, ele disse que não poderia falar naquele momento. O advogado de Bandarra, Cezar Bitencourt, não estava no escritório e só retornaria por volta das 19h, segundo o secretário dele. Em outras oportunidades, Bandarra e Deborah negaram envolvimento com as supostas irregularidades.

Em depoimento ao Ministério Público, Durval afirmou que Bandarra teria recebido mais de R$ 1,6 milhão, além de uma “mesada”, para interferir no Ministério Público e impedir investigações sobre os contratos do governo distrital com empresas de coleta de lixo. Caso as denúncias sejam confirmadas, eles podem ser expulsos do MP.

Caso

O mensalão do DEM de Brasília foi descoberto depois que a PF deflagrou, em novembro de 2009, a operação Caixa de Pandora, para investigar o envolvimento de deputados distritais, integrantes do governo do DF, além do então governador Arruda e de seu vice, Paulo Octávio (sem partido, ex-DEM). Octávio e Arruda sempre negaram envolvimento com o suposto esquema de propina.

Arruda chegou a ser preso, deixou o DEM para não ser expulso e foi cassado pela Justiça Eleitoral. Paulo Octávio renunciou ao cargo para defender-se das acusações. Durante meses, o DF esteve ameaçado de intervenção federal, devido ao suposto envolvimento de deputados distritais, integrantes do Ministério Público e do Executivo com o esquema denunciado por Durval Barbosa.

Para ler o original clique aqui: G1 – Delator de mensalão do DEM faz acareação com Arruda em Brasília – notícias em Política.

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