Pannunzio Comunicação – Blog do Pannunzio

O racismo que dá lucro

Paulo Henrique Amorim, blogueiro autoproclamado progressista e apresentador da TV do bispo Edir Macedo,  teve lucro com suas injúrias racistas. No blog dele está estampada a manchete “Heraldo aumenta a audiência do CAf em 42%“. O blogueiro “progressista” se ufana de sua obra: “Tem publicidade melhor do que essa?”

Para o caso dele, não deve haver.

Se o que PHA queria era ficar estigmatizado como o último racista assumido da imprensa brasileira,  conseguiu. Se seu objetivo era a auto-desmoralização, ele conseguiu. Se o objetivo era sanar dúvidas sobre seu caráter, também conseguiu. E, no fim das contas, ainda saiu lucrando 42%.

Não foram poucas tentativas de produzir esse resultado. Ele já havia lançado mão do jargão racista quando chamou Paulo Preto de “Paulo Afro-Desencente”. Heraldo foi a segunda vítima do estratagema.

PHA já havia pedido perdão a Bóris Casoy numa situação humilhante — e, da mesma forma, zombou do acordo assinado às pressas para evitar uma condenação. O arauto da nova censura, chamada agora de Ley de Medios, desconhece o Código Civil e o Código Penal. E faz troça do que ele mesmo propôs e acordou em juízo.

Nos delírios veiculados em seu Der Angriff eletrônico, PHA não tem o menor constrangimento de inventar e repetir inverdades  escancaradas — com aquela em que afirmou que Heraldo havia dito que ele não é racista (se não leu, clique aqui e aumente o lucro do blogueiro). Na Ata de Sentença que encerrou esse capítulo do caso, é ele quem declara que foi “infeliz” ao usar a expressão negro de alma branca, e que não teve intenções racistas. O ofendido jamais declarou a ninguém que PHA não é racista. Até porque ele não pensa assim.

Se PHA é ou não racista  quem vai decidir é a Quinta Vara Criminal do DF. É onde tramita o processo crime aberto pelo Ministério Público para apurar e punir as mesmas ofensas. Condenado, Paulo Henrique, que se gaba de figurar como réu em mais 40 processos, pode pegar de dois a cinco anos de reclusão. Se vai ou não para a cadeia é outra história. Mas, nessas circunstâncias, perder a condição de réu primário seria desastroso para ele.

Enquanto contabiliza o lucro de seu retumbante sucesso de audiência na internet, PHA certamente não considera o passivo que só faz aumentar no capital volátil de sua desgastada reputação. Jornalistas, salvo algumas exceções indecentes, vivem do que apuram e publicam. Vivem, enfim, de sua capacidade de informar de maneira correta e honesta. Nesse caso, a deplorável atuação do blogueiro pôs a nu um profissional que, na ausência de fatos, inventa; na ausência de argumentos, injuria;  quando faltam palavras para injuriar, recorre ao jargão abjeto dos racistas. Para arrematar, ainda tem a coragem e a cara de pau de alardear que lucrou com o episódio. Faça-me o favor!

Tudo isso, é bom lembrar,começou com  uma notícia falsa que PHA e seus três pupilos espalharam pela internet. PHA queria atacar Daniel Dantas. Para isso, atacou Gilmar Mendes, que duas vez tirou o banqueiro da prisão. Para atingir Gilmar Mendes, decidiu tripudiar sobre a honra, a dignidade profissional e a raça de Heraldo, que não tinha nem nunca teve nada a ver com a história.

Se você quiser conhecer a gênese dessa história, leia dois posts publicados aqui no Blog do Pannunzio em maio de 2009, quando tudo começou. O primeiro está aqui e o segundo, aqui.

Share the Post:

Join Our Newsletter