O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) afirmou hoje que a posição do partido é pela renúncia do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Segundo o parlamentar, a bancada, que se reuniu no início da tarde, discutiu muito pouco sobre a questão, que já é definitiva.
“É claro que um afastamento [de Sarney] já seria um avanço. Mas defender um simples afastamento é um problema porque colocaria no poder Marconi Perillo (PSDB-GO) e isso não é suficiente”, disse ao defender a saída definitiva de Sarney do cargo.
Os representantes tucanos, entretanto, esperam o pronunciamento do peemedebista, que agora só deve falar amanhã, para voltar a se manifestar.
“Nós não vamos recuar diante de ameaças e vamos usar todos os recursos precisos no Conselho de Ética”, contou.
Sobre os embates travados ontem na primeira sessão plenária do segundo semestre, Dias acha “que com o apoio frontal do PMDB e que tem respaldo de Lula, Sarney se deparou com um estímulo porque o momento antes era de renúncia anunciada”.
Em plenário, Pedro Simon (PMDB-RS) travou uma guerra grotesca com o colega de partido Renan Calheiros (AL) e com o ex-presidente da República, Fernando Collor (PTB-AL). Simon exigiu a renúncia de Sarney, enquanto os outros dois defenderam veementemente a manutenção do peemedebista no cargo.