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Collor, o mesmo de sempre, tira a máscara de equilibrado.

Fernando Collor de Mello não aprendeu nada com a década de degredo forçado da atividade política. Expulso da Presidência por ato de vontade do Congresso, parece ter escolhido a volta à vida pública pelo Parlamento justamente para desmoralizá-lo. O comportamento do ex-presidente só se explica pelo do pai dele, um homem com a mesma verve do filho, embora com uma pontaria muito pior. 

Arnon de Mello atirou em um e matou outro. Collor, que acaba de despir a máscara de equilibrado que nunca foi, botou sua metralhadora giratória para funcionar com disparos certeiros. Quase mandou Aluizio Mercadante para P.Q.P. quando urdiu a eleição de Sarney com o presidente Lula. E depois chamou de galinha a senadora Ideli Salvatti, como se agredir uma mulher com esse palavreado fosse normal fora do seu contexto alagoano.  

Agora aparece como o mais novo integrante da tropa de choque, expoente do grupo de cavou sua sepultura como presidente da República. Está perfilado ao lado de Lula, então presidente do partido que o defenestrou do Planalto, e de Renan Calheiros, o antigo inimigo-aliado-inimigo-aliado que o abandonou no primeiro bote salva-vidas que apareceu quando o então presidente caiu em desgraça.

Collor merece estar num partido da qualidade do PTB, o partido do Mensalão, e sob a liderança de um homem com as virtudes de Gim Argello. Merece defender um governo como este que está aí e um coronel em desgraça como Sarney. Para quem já perdeu o mandato mais importante que um homem pode conquistar, novas derrotas dessa magnitude serão fichinha.

O bom disso tudo é que a pele de cordeiro se foi com o seu destempero habitual. O lobo mostrou sua face. É a mesma dos anos 80, apesar do botox e dos creminhos. 

 

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