Blog do Pannunzio

Oposição está pessimista com reunião do Conselho de Ética

A reunião do Conselho de Ética está marcada para as três da tarde de hoje.

Mas há quem diga pelo Senado que os ares indicam que ela não vá acontecer. O presidente do Colegiado, Paulo Duque (PMDB-RJ), confirmou presença e afirma já ter a decisão sobre as três denúncias protocoladas por Arthur Virgílio (PSDB-AM) contra o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), e as duas representações do PSOL (uma contra Sarney e outra contra Renan Calheiros). Outras seis reclamações ainda devem ser analisadas.

Entre os tucanos, o clima é de pessimismo. “Embora ele [Paulo Duque] tenha vontade de acolher uma ou outra representação, o que passa é a ideia de cumprir uma missão que foi imposta”, afirma Alvaro Dias (PSDB-PR) ao ressaltar que o suplente de suplente Paulo Duque foi escolhido para presidir o colegiado a partir de uma estratégia lançada pela tropa de choque peemedebista no intuito de defender Sarney de todas as acusações. “Não podemos gerar nenhuma falsa expectativa alimentando a ideia de vencer”.

Segundo o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), a situação vivida hoje tem que mudar. “O Conselho de Ética não pode ser dos partidos e dos interesses e sim de ética. Esse conselho é uma fraude. Deveria ser formado sem tropa de choque”, colocou ao prever que o PT e o governo Lula vão se afastar progressivamente desta “base aliada”. “Não foi esssa aliança que elegeu o presidente Lula, que se baseia muito em pesquisa”, acrescentou.

A oposição promete recorrer caso Duque decida arquivar as reclamações contra Sarney. Ela vai apelar para os plenários do Conselho e do Senado. Em último caso, diz que vai inclusive às ruas chamar a população indignada com a maior crise política da história do país.

Para o senador Gilvam Borges (PMDB-AP), braço-direito de Renan Calheiros (AL), algumas atitudes são mais do que previstas. Mas ele garante que não haverá arquivamento sumário das denúncias e representações, apesar de acreditar na possibilidade de desdobramentos em plenário. “Chegamos à beira do precipício. Queríamos uma Casa fortalecida, mas muitos partidos fizeram do Senado um tabuleiro. Lamentavelmente chegamos ao momento de confronto. O espaço para negociações é restrito. A possibilidade de recuo não existe e alguns vão ter que ser sacrificados”.

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