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Tortura e sevícias de uma democracia ‘made in paraguay’

O Estado Paraguaio é o protagonista de um fraude de grande envergadura: a invenção de um grupo guerrilheiro que não existe com o propósito de assentar o atual governo, do bispo Fernando Lugo, em um patamar que não desperte suspeitas da comunidade internacional. A fraude em questão é a invenção do EPP — Exército Popular do Paraguai.

A ficção de Lugo está sendo caçada em cinco províncias, sem nenhum resultado até agora. Quase metado do território está sob estado de sítio, com as garantias constitucionais suspensas, e cerca de cinco mil miltares trabalham incansavelmente perseguindo um mito, o tal grupo guerrilheiro inexistente.

Lugo encampou causas de seus adversário históricos porque não conseguiu fazzer o que se comprometeu: mudar o Poder Judiciário, as polícias e o Ministério Público. Sem isso, ficou refém da nata da corrupção que move o País desde os tempos imemoriais da ditadura Stroessner. Encastelados em cargos-chaves, corruptos notórios transformam o narcotráfico em mola-mestra da economia paraguaia, tendo como único paralelo o poder dos contrabandistas. Estes, Lugo não quer saber de enfrentar.

O tal EPP, a ficção paranóica do bispo garanhão, não passa de um bando de delinquentes comuns, que nada a vem com um grupo de guerrilha nos moldes convencionais. Na verdade, é um pequeno agrupamento de bandidos sem cargos públicos nos mesmos moldes do PCC — só que muito menor — não chegam a três dezenas de meliantes e de traficantes.

O que desafia o governo Lugo é sua própria ineficiência. A frustração gerada por expectaivas que não se cumpriram é que está pondo abaixo o astral dos paraguaios. E será ela o fato determinante de sua sobrevivência institucional ou não. Aliada a inimigos históricos, a presidência de Lugo não terá a longevidade que seu mandado inspira.

Esta aliança espúria é que faz com que Lugo se alinhe com ex-torturadores, algozes da ditadura militar paragauaia e empresários nutridos das sombras de oportunidades escusas como as geradas pela construção da usina de Itaipu.

Em sua última basófia, Lugo se alinhou aos terroristas de Estado que torturaram três jovens intelectuais fundadores do Movimento Pátria Libre, hoje transformado em partido político. Sem dó nem piedade, o bispo que preside o Paraguai quer levar de volta a sua republiqueta Juan Arrom, Anuncio Marti e Victor Colman para que eles sejam capturados e seviciados pelos mesmos agentes que os sequestraram e torturaram em janeiro de 2002.

O trio está abrigado no Brasil sob o status de refugiados. Lugo ofereceu uma recompansa de cem mil dólares a quem capturá-los. Se isso acontecer, vai ser muito difícil para ele evitar a vergonha de ver seu país condenado por cortes internacionais por abrigar o proteger terroristas, ao mesmo tempo em que conspurca a cidadania e a vida de seus adversários políticos.

Veja só o que um governo fraco e covarde é capaz de fazer no vídeo abaixo, que demonstra de maneira cabal que torura, cárcere privado e sofrimento ainda têm lugar na pífia democracia paraguaia.

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