O prédio que abriga o reator número 3 do complexo termonuclear de Fukushima, no Japão, explodiu quando o nível de água em torno do núcleo baixou aquém do limite crítico. Autoridades japonesas disseram que a explosão, a exemplo da que destruiu o prédio do reator 2 no último sábado, aconteceu por causa do acúmulo de hidrogênio, gerado com o aquecimento excessivo.
A Agência de Segurança Industrial e Nuclear assegurou que, a exemplo da primeira explosão, esta também não afetou o núcleo do reator, o que poderia provocar uma catástrofe.
Todas as pessoas que se encontravam num raio de até 20 km. da usina foram orientadas a procurar abrigo dentro de prédios, onde o risco de uma eventual contaminação é menor. Apesar da evacuação determinada pelo governo, havia ainda cerca de 600 pessoas na área de risco.
O porta-voz escalado da crise, o chefe do gabiente Yukio Edano, assegurou que as instalações de segurança em torno do núcleo permaneceram intactas. Ele também afirmou que a possibilidade de dispersão de grandes volumes de material radioativo no ambiente é pequena.
Paralelamente, os técnicos do complexo nuclear voltaram a identificar um aumento dos níveis de radiação nas cercanias do reator nº 1. Os níveis registrados estiveram entre 650 e 752,1 microsieverts. A geradora é obrigada, pela regulamentação internacional, a notificar as autoridades quando o limite de 500 microsieverts é ultrapassado. A origem do vazamento não foi identificada.