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Agora só falta Trump decretar a volta da escravidão

O que Donald Trump está fazendo com o processo civilizatório dos Estados Unidos é uma marcha-à-ré em direção à idade média. Só uma coisa explica as dificuldades que ele enfrenta par a condenar de maneira enfática o racismo: o seu próprio racismo residual.

Anteontem Trump leu um texto anódino, escrito por assessores, para dizer que essa onda neonazista que anima os sociopatas segregacionistas é repugnante. Mas a repugnância de Trump não durou nem 24 horas. Passou de repente. Falando de improviso, sem um teleprompter na frente e uma equipe de assessores por trás, ele disse o que realmente pensa. Que os nazistas que atropelaram uma multidão, mataram uma mulher e feriram outras 19 pessoas são tão culpados por esse ato terrorista quanto suas vítimas, os militantes pelos direitos humanos.

É de se pensar como o País que em 2008 elegeu e depois reelegeu Obama para chegou onde está agora, nove anos depois.

Trump nomeou secretários matizados como racistas. Ele animou o monstro que estava adormecido nos grotões da cultura americana. Ele é o responsável direto por isso que está acontecendo desde que suas falas ambíguas abriram uma brecha para que os nazistas desertassem.

O problema é que isso cria consequência não apensa para a opinião pública norte-americana. Veja como está o planeta. Veja que incrível inflexão da nossa civilidade e dos ideais do iluminismo, agora tão fora de moda.

Tomara que os nossos neonazistas não se animem com isso. Porque um patrono para defender essa insanidade, um sujeito tosco para chamar de líder, agora eles já têm.

O próximo passo para trás vai ser clamar pela volta da escravidão.

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